segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Quando o câncer é recorrente na família, está mais do que justificada a angústia de rastreá-lo com rigor e frequência, a fim de se resguardar de um perigo iminente. "Mutações em genes supressores de tumor, como o BRCA1 e o BRCA2, elevam em até 60% o risco de desenvolver o problema no decorrer da vida", alerta o ginecologista Afonso Nazário, da Universidade Federal de São Paulo. Mas paira a dúvida: entre as mulheres que nunca conviveram com o tumor em casa, quantas se dedicam com afinco a proteger suas mamas? Nosso recado de prevenção é especialmente dedicado a esse nicho feminino, que muitas vezes nem se dá conta da ameaça. "Em oito de cada dez casos — ou seja, a maioria absoluta —, o tumor é o que chamamos de esporádico, ou seja, não tem relação alguma com antecedentes familiares", alerta o oncologista Ronaldo Corrêa, do Instituto Nacional de Câncer, no Rio de Janeiro

Já que o destino das glândulas depende, principalmente, dos hábitos de todo dia, cientistas mundo afora se esforçam para desvendar quais deles induzem e quais dificultam a eclosão da enfermidade. Começam a surgir revelações surpreendentes: a vitamina D, das castanhas e dos peixes, produzida pra valer quando tomamos sol, teria efeito protetor contra o câncer mamário. A descoberta é do epidemiologista francês Pierre Engel, do Instituto Gustave Roussy, que, durante uma década, analisou dados referentes a mais de 67 mil mulheres. "A forma ativa da vitamina, o calcitriol, regula o ciclo das células da mama, inibindo sua proliferação desordenada", explica Engel a SAÚDE!. 

Não à toa, a probabilidade de manifestar o nódulo maligno foi 32% menor em quem aliava o consumo do nutriente a banhos de sol regulares. Fica a dica: sair ao ar livre com braços e pernas descobertos por 15 minutos diariamente. Mas essa é apenas uma sugestão de uma lista de atitudes preventivas. O combate à barriga volumosa merece destaque, por seu potencial de destrambelhar as glândulas mamárias. "A adesão ao pacote de exercícios, alimentação balanceada e controle de peso já reduz em 28% o risco de câncer de mama", garante Corrêa.

Se fosse necessário apontar um culpado pelos tumores de mama, certamente a dupla de hormônios femininos estrogênio e progesterona estaria no banco dos réus. "Essas substâncias agem nos receptores das células mamárias, induzindo sua proliferação", explica Nazário. Obviamente, quanto maior o estímulo, maior a oportunidade para que essas unidades comecem a se multiplicar indiscriminadamente. Esse raciocínio explica por que as mudanças no planejamento familiar ao longo dos anos colaboraram com o aumento paulatino na incidência do tumor. "Devido à conquista do mercado de trabalho, a mulher de hoje decidiu diminuir a prole e deixou para engravidar em idade mais avançada", reflete Nazário. Isso faz com que ela tenha mais ciclos menstruais durante a vida, ampliando a exposição hormonal. Pelo mesmo motivo, a menarca precoce e a menopausa tardia, após os 50 anos, entram no rol dos fatores de risco. 

Mas, se é inviável controlar esses aspectos socioculturais e biológicos, o jeito é incentivar a reversão de costumes negativos e o investimento nos positivos. A intenção segue a mesma: reduzir o aporte de hormônios nas glândulas e manter o funcionamento dos genes em equilíbrio, garantindo que as células se repliquem em harmonia.

TRATAMENTOS HORMONAIS 
A pílula anticoncepcional não é motivo de preocupação, já que as formulações atuais são de baixa dosagem e seguras. "Mas, embora em quantidades ínfimas, o hormônio sintético é 200 vezes mais potente que o natural", ressalva Nazário. Mesmo assim, a restrição de uso só se aplica a mulheres com forte histórico familiar de câncer de mama ou com mutações de BRCA1 e 2 diagnosticadas. Discuta com seu ginecologista. Com a terapia de reposição hormonal — prescrita para atenuar sintomas da menopausa —, a situação muda de figura. "Existem evidências de que, após cinco anos de uso, os riscos de desenvolver o tumor de mama aumentam significativamente", alerta a mastologista Maria do Socorro Maciel, do Hospital A.C. Camargo, em São Paulo. "Por isso, o medicamento só é indicado para alívio de sintomas e com rigoroso acompanhamento médico", completa. 

OBESIDADE 
Eis uma inimiga em potencial, sobretudo após a menopausa. Quando a mulher deixa de menstruar e, portanto, encerra a fabricação de estrogênio, ele para de atuar de forma nociva nas mamas. É aí que a gordura periférica das obesas entra em cena para bagunçar o organismo. "Nessa fase, uma enzima da glândula suprarrenal, a aromatase, inicia sua atuação, convertendo a gordura em hormônio, que passa a ter atividade estrogênica no tecido mamário", esclarece a mastologista Maira Caleffi, do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Em outras palavras, o inconveniente ganha prorrogação por tempo indefinido, até que a iniciativa de enxugar a silhueta ganhe contornos reais.

SEDENTARISMO 
Para início de conversa, ficar parado dá uma força ao acúmulo de quilos extras. Esse, por si só, é um bom argumento para mexer o corpo. Sem falar nos benefícios indiretos do exercício. "A atividade física diminui o colesterol, matériaprima para a produção de estrogênio", afirma o bioquímico Roberto Burini, do Centro de Metabolismo em Exercício e Nutrição da Universidade Estadual Paulista, em Botucatu, interior de São Paulo. "A ginástica também fortalece soldados do sistema de defesa chamados natural killers, uma proteção natural contra células defeituosas", acrescenta Maira. Vale a recomendação de sempre: 30 minutos de exercícios aeróbicos moderados, de três a cinco vezes por semana. 

ABRIR MÃO DE AMAMENTAR 
Outro equívoco de quem prioriza a saúde. Além de proporcionar um bem danado ao recém-nascido, "o aleitamento durante seis meses promove uma esfoliação interna das células da mama, renovação que favorece a eliminação de eventuais unidades precursoras de tumor", justifica o nutricionista Fabio Gomes, do Instituto Nacional de Câncer. 

CONSUMO DE ÁLCOOL 
"Existem inúmeros estudos que correlacionam a ingestão de bebidas alcoólicas à doença", diz Maira. "Ultrapassar três drinques semanais já é considerado arriscado, segundo as evidências", avisa. Nem é preciso falar que a situação só piora com o aumento dos goles.

ALIMENTAÇÃO 
Ainda não existe consenso em relação a alimentos que exerçam influência direta na prevenção ou na ocorrência do câncer de mama. "Mas, em geral, frutas, legumes e verduras contêm substâncias antioxidantes, que ajudam a combater os radicais livres", lembra Fabio Gomes. Ele se refere a moléculas que se formam naturalmente no organismo e que dão um empurrãozinho para o aparecimento de tumores. Além disso, o nutricionista ressalta que itens muito calóricos, como os cheios de açúcar e gordura, estão por trás da temida obesidade. "Uma alimentação inadequada também instiga a resistência à insulina, condição que estaria associada ao câncer, embora não saibamos ainda o mecanismo que explique essa relação", conclui Maria do Socorro. Por isso, a tão preconizada alimentação balanceada é mais uma vez bem-vinda. 

ESTRESSE, DEPRESSÃO E ANSIEDADE 
Além de contribuir com uma alimentação desregrada e diminuir o pique para a atividade física, os especialistas já sabem que o abalo emocional é capaz de detonar o sistema imunológico. "Daí que as unidades de defesa perdem sua habilidade de reparar células que sofreram mutação, abrindo a guarda para sua multiplicação anormal e o nascimento de um tumor", explica Nazário. 

DNA EM PANE. O QUE FAZER? 
E quanto àquele grupo que herda as mutações genéticas, será que há luz no fi m do túnel para essa gente também? A resposta é sim. "Mulheres que apresentam casos múltiplos de câncer de ovário ou de mama entre familiares tendem a apresentar mutações de BRCA1 e 2", diz Nazário. Nessa situação, é prudente recorrer a um aconselhamento genético. Trata-se de um exame capaz de apontar esses defeitos, que significam uma grande propensão de manifestar o nódulo. Depois de conversar com a paciente sobre suas intenções de engravidar, o médico costuma oferecer três alternativas. "A retirada dos ovários promove uma redução de 50% no risco de apresentar o tumor de mama. Já a remoção preventiva das glândulas mamárias aumenta essa proteção para 90%", afirma o ginecologista. Existe, ainda, a opção de preservar os ovários e as mamas, contanto que a mulher se submeta a um acompanhamento semestral criterioso (confira as orientações na tabela à esquerda). 

DETECÇÃO PRECOCE 
Não importa se você integra a ala feminina majoritária, que só precisa andar na linha para escapar do problema, ou se carrega no DNA uma vulnerabilidade que exige mais cautela. A orientação para todas as mulheres é a mesma, e se resume a duas palavras: prevenção e atenção. Assim, mesmo se todo o seu esforço em viver de maneira saudável falhar, o diagnóstico prematuro do câncer garantirá um tratamento sem grandes traumas e consequências. Em nome da qualidade de vida e da autoestima, essa é uma precaução que não pode faltar.

UM TUMOR EM ASCENSÃO 
Mudanças no comportamento reprodutivo e nos hábitos femininos coincidiram com o aumento da prevalência do câncer de mama no Brasil nas últimas décadas. "Dados de Goiânia, em Goiás, que foram coletados entre 1980 e 2010 e são considerados referência no país, revelam um crescimento de 200 a 300% na incidência da doença nesse período", divulga Afonso Nazário. Embora seja difícil apontar com precisão os responsáveis pelo crescimento espantoso da doença, é indiscutível que, ao longo dos anos, as mulheres passaram a ter menos filhos e a engravidar mais tardiamente, o que favorece o mal (veja a explicação na página seguinte). "O estresse, a depressão e a obesidade também estão entre os percalços do cotidiano moderno associados ao descompasso celular", ressalta Nazário.

ANÁLISE DE RISCO 
O rastreamento do tumor de mama deve se intensificar de acordo com a probabilidade de ele dar as caras 

›› Sem histórico na família: a mulher deve se submeter a uma mamografia por ano a partir dos 40, já que 97% dos casos nesse grupo surgem após essa idade. 

›› Com um episódio familiar: quem tem uma tia diagnosticada com um câncer de mama, por exemplo, não necessariamente vive na iminência de herdar alterações genéticas. Mas, pelo sim, pelo não, é indispensável antecipar a primeira mamografia para os 35 anos e seguir com o acompanhamento anual. 

›› Com mutação nos genes BRCA1 e 2 diagnosticada: essas pessoas requerem vigilância reforçada. A palpação no consultório deve ser realizada com um intervalo menor, a cada seis meses. Já o rastreamento anual é feito por meio de ressonância magnética, que, extremamente sensível, é capaz de detectar modificações mínimas, imperceptíveis em outros aparelhos.

Remoção do músculo e da pele das costas para a reparação mamária não prejudica os movimentos dos braços

retirada do músculo grande dorsal para devolver a forma às mamas operadas para tratar um câncer não afeta a mobilidade do braço. É o que comprova a pesquisa da fisioterapeuta Riza Rute de Oliveira, realizada na Universidade Estadual de Campinas, no interior paulista. Segundo ela, as mulheres que optaram pelo procedimento imediatamente após a mastectomia e foram orientadas com exercícios feitos em casa retomaram parte dos movimentos no primeiro mês depois da cirurgia. "A recuperação é gradual e conquistada ao longo das semanas", explica. Riza ressalta que, em até um ano, a amplitude do ombro - mais afetada pela operação - é praticamente normalizada.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Alerta para quem gosta de energéticos: um estudo do Hospital Mount Sinai, nos Estados Unidos, diz que o consumo frequente de 250 mililitros desse tipo de bebida induz coágulos nos vasos sanguíneos. Na opinião do cardiologista Nabil Ghorayeb, do Hospital do Coração, em São Paulo, o perigo existe para os que exageram na ingestão de energéticos. "Eles têm alta concentração de taurina, substância que estimula o cérebro, aumenta as contrações cardíacas e danifica os vasos", explica. Ghorayeb avisa que a combinação com o álcool acelera mais o coração. "E, com a mistura, a pessoa bebe mais sem sentir, aumentando o risco cardiovascular."

Não é preciso adivinhação para prever a possibilidade de sofrer uma fratura em uma década e até mesmo de ter osteoporose. O segredo do futuro está na aliança entre a medicina e a matemática, combinados em um programa decomputador que indica como anda a saúde do esqueleto, recomenda a realização de outros testes e até mesmo a necessidade de tratamentos com remédios. São softwares simples e disponíveis na internet gratuitamente. Um deles é o Frax - ferramenta para avaliação de risco de fratura, em português. 

Com dados como idade, peso, altura, histórico de fraturas na família, uso de cortisona, hábitos como fumar e beber, doenças secundárias e o resultado do exame dedensitometria óssea - que avalia a qualidade do osso -, os médicos podem calcular a probabilidade de quebra-quebras em um decênio. Quanto mais frágil o quadro do indivíduo se configurar, maior será o risco daquele som de um osso se espatifar. 

Nesses casos, os médicos podem optar pela prescrição de medicamentos como medida preventiva. Criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Frax chega ao Brasil no ano que vem. O reumatologista Cristiano Zerbini, da diretoria da International Osteoporosis Foundation (IOF), conta que um dos fatores levados em conta na versão brasileira é a miscigenação. "Somos descendentes dos negros, que têm melhor estrutura óssea. Isso nos favorece", afirma. 

A outra novidade tecnológica vem da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O Sapori, ou Índice de Risco de Osteoporose em São Paulo, usa quase os mesmos dados que o Frax, exceto a densitometria - sua função é justamente recomendar o exame para mulheres. "O Sapori ajuda a definir o diagnóstico de osteopenia e osteoporose, enquanto o Frax sugere os rumos do tratamento", compara o reumatologista Marcelo Pinheiro, presidente da Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (entenda a diferença entre os dois problemas abaixo)

Apesar de a osteoporose ser conhecida pela população, a falta de entendimento do que causa a doença é alarmante. Uma pesquisa do Ibope revela que mais de 60% das mulheres acima de 45 anos - principais vítimas do mal - nunca fizeram uma densitometria. O exame é bem simples: trata-se de raios X mais sofisticados que medem a quantidade de cálcio do tecido ósseo. Outro fator preocupante é que 96% acreditam que a osteoporose provoca dores e esperam sintomas para procurar ajuda, sendo que não há sensação dolorosa - só depois da fratura, que poderia ser evitada com o acompanhamento. 

A maior parte do público feminino também sabe que o consumo de cálcio é o caminho para prevenir a deterioração do esqueleto. Mesmo assim, seis em cada dez mulheres abaixo dos 45 acreditam no mito de que um copo de leite por dia é suficiente. Na verdade, essa quantidade é apenas um terço do recomendado. O ideal é 1 200 miligramas por dia - o equivalente a quatro porções lácteas -, e o brasileiro ingere apenas 400 miligramas. 

A vitamina D é importante nessa equação, já que níveis baixos prejudicam a absorção do cálcio. Médicos sugerem o consumo entre 400 e 600 miligramas diários, mas ingerimos 100 miligramas. Como poucos alimentos são ricos no nutriente, o banho de sol é a solução - bastam 15 minutos. Existe ainda aquela história do faça o que digo, mas não faça o que faço. As mulheres com mais de 45 anos reconhecem a importância da atividade física regular para prevenção, só que menos de um terço delas segue a orientação à risca. O reumatologista Diogo Domiciano, do Hospital das Clínicas de São Paulo, alerta que o sedentarismo pode ser mais perigoso que a falta de leite: "É essencial praticar exercícios de impacto - como as caminhadas -, de equilíbrio e principalmente aqueles para ganho de massa e força muscular". 

Poucas reconhecem que a prevenção deve ser feita desde a infância, e não apenas na fase adulta. Mais grave: 89% delas não relacionam a osteoporose com a menopausa (entenda esse elo abaixo). Por essas e outras, os programas de computador podem ajudar os médicos a enfrentar o problema. "A chave para o sucesso é fazer as perguntas certas e investigar os fatores básicos", lembra Cristiano Zerbini. 

As previsões são um tanto sombrias. A IOF estima que uma em cada três mulheres esteja perdendo massa óssea no mundo. Aqui, são mais de 20 milhões de brasileiras, a maioria sem diagnóstico. Nos casos de fraturas mais graves, como a de quadril, pelo menos 20% das vítimas morrem após 12 meses. Outros 40% ficam com dificuldade para caminhar sozinhas. 

Em alguns episódios, a dieta balanceada não dá conta do recado e os medicamentos entram na jogada. São drogas que melhoram a resistência do osso ao impedir a degeneração e incentivar a reconstrução. O problema é que provocam efeitos adversos, principalmente gastrointestinais. Podem ser tomadas diariamente, a cada semana, uma vez por mês ou ao ano - tudo depende do componente químico e da fragilidade do esqueleto. 

Um levantamento da consultoria de saúde Orizon comprova que prevenção e os medicamentos não são só mais vantajosos ao evitar a quebradeira mas também valem a pena financeiramente. O tratamento de uma fratura pode ser 111 vezes mais caro que os remédios. Cada paciente gastaria com fármacos entre 900 e 1,7 mil reais por ano, enquanto a quebra do fêmur, por exemplo, pode dar um prejuízo de mais de 60 mil reais com exames, remédios, despesas médicas, cirúrgicas e internação hospitalar - isso sem falar no afastamento do trabalho, na dor e nas dificuldades de mobilidade. Assim, prever o risco de osteoporose e até flagrá-la cedo nos dá a chance de exercer o livre-arbítrio. Nunca é tarde para caprichar no consumo de cálcio, expor-se ao sol nos horários certos, malhar e deixar de lado aqueles hábitos ruins, como o cigarro. O futuro pode ser mudado para que o processo de envelhecimento não reserve más surpresas para os ossos. 

Doença silenciosa

A perda de tecido ósseo pode passar despercebida 

Osso saudável Ganhamos massa óssea até os 20 anos e perdemos com maior velocidade depois dos 40. Dois tipos de células - de reconstrução, os osteoclastos, e de reabsorção, os osteoblastos - garantem o equilíbrio do ciclo de renovação dos ossos. 

Osteoporose Se não for descoberto a tempo, o excesso de absorção vai esburacar cada vez mais o osso, deixando-o poroso e frágil. Aí, qualquer tombo ou topada oferece enorme risco. 



quinta-feira, 26 de setembro de 2013

O trabalho foi coordenado por Miriam Bredella, radiologista do Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos. Ela empregou uma técnica chamada análise elementarfinita, usada na engenharia para determinar a resistência de materiais, com o objetivo de avaliar o risco de fratura em dois grupos de homens: um com bastante gordura subcutânea e outro com bastante gordura visceral. "O segundo apresentou maior risco de sofrer com fraqueza óssea", disse Miriam a SAÚDE. "Outros artigos já indicavam que a obesidade em geral tem esse efeito", acrescenta o endocrinologista Marcio Mancini, do Hospital das Clínicas de São Paulo. "A alteração nos níveis de insulina, a redução da testosterona e o aumento do cortisol, comuns em pessoas acima do peso, podem provocar o problema", conta. 

Duas explicações para isso 

Baixa no hormônio do crescimento Esse foi um dos fatores do aparecimento da fraqueza óssea nos homens com muita gordura visceral. "Essa substância é importante para a saúde do esqueleto", afirma Miriam. 

Liberação de citoquinas "O TNF-alfa e o IL-6 são exemplos de moléculas que são expelidas pelas células de gordura visceral e provocam um processo inflamatório prejudicial aos ossos", completa a pesquisadora.


Não tire conclusões precipitadas: os alimentos destas páginas não são milagrosos. Mas a ciência da nutrição, que investiga sua ação anticancerígena, constata que eles de fato têm efeito preventivo. Vários levantamentos estatísticos apontam, e não é de hoje, que nas pessoas habituadas a devorar vegetais os casos de câncer são mais raros, garante o gastrenterologista Dan Linetzky Waitzberg, professor da Universidade de São Paulo. Mas, na hora do ver para crer, isso só era observado em tubos de ensaio, nos chamados testes in vitro. Só agora é que os pesquisadores passaram a enxergar o mecanismo antitumor de vários nutrientes dentro de organismos vivos no caso, cobaias. É um belo avanço.

Na Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, por exemplo, concluiu-se que o sulforafane, presente na família dos crucíferos couves, brócolis, repolhos , é capaz de brecar o avanço do câncer colorretal em animais de laboratório. Já em Taiwan, cientistas da Universidade Nacional Chung Hsing testaram o licopeno em animais, nos quais provocaram de propósito um câncer de fígado igual ao que acomete os seres humanos. O resultado? O pigmento que dá o tom vermelho ao tomate e a frutas como a goiaba simplesmente barrou a temida metástase, ou seja, impediu que as células malignas se espalhassem pelo corpo.

A essa altura, você deve estar se perguntando: por que certos nutrientes funcionam contra um tipo específico de tumor mas são praticamente inertes contra outros? Nem os cientistas têm respostas prontas, embora arrisquem algumas hipóteses. Uma delas é a facilidade de alguns tecidos para acumular determinadas substâncias, criando verdadeiras reservas. É o caso do licopeno, o tal pigmento vermelho dos vegetais. Os pesquisadores notam que ele tem uma afinidade especial com os tecidos da próstata e das mamas, ficando concentrado bem ali, enquanto passa depressa por outras partes do corpo talvez sem o tempo necessário para agir. O resveratrol da uva e do vinho, por sua vez, tende a ficar no plasma do sangue e nos tecidos do sistema urinário. Já compostos fenólicos, como o allium, que está na cebola, no alho e na cebolinha, fariam escala no estômago e no intestino, atuando em diferentes etapas do processo que leva ao câncer nesses órgãos. No entanto, não movem uma palha contra tumores em outras regiões.

Pode parecer confuso e é. Não tente decorar quanto deve comer disso ou daquilo, como se a travessa à mesa fosse um vidro de remédio. O grande mérito de tantas pesquisas é ensinar aos médicos, inclusive que um cardápio adequado (leia-se bem colorido também) pode prevenir 30% dos casos de câncer, incluídos aí tumores de boca, laringe, faringe, estômago e intestino, muito freqüentes na população brasileira. Já é um feito e tanto se a gente pensar que, não faz muito tempo assim, ninguém achava que havia um caminho seguro para prevenir essa doença muito menos desconfiava que ele estaria no prato. Hoje se tem clareza da importância de comer frutas, verduras, legumes e peixes, limitando ao mesmo tempo as porções de carnes vermelhas, sal eembutidos, resume Dan Linetzky Waitzberg. Segundo Sueli Couto, nutricionista do Instituto Nacional de Câncer, o Inca, sediado no Rio de Janeiro, a questão não é quantidade de vegetais, mas regularidade. Tem de comer sempre, declara. No mínimo, cinco porções diárias, preferindo sempre grãos integrais aos refinados.


Do mesmo modo que sobram evidências de que vitaminas, minerais, fibras e outras substâncias presentes em frutas e hortaliças podem barrar o avanço de tantos tipos de tumor, há provas suficientes para incriminar o álcool, os embutidos e as gorduras, especialmente as das carnes vermelhas. Estas ressalve-se têm também seu lado bom, fornecendo proteínas de excelente qualidade, ferro, zinco e vitaminas B12. Não se trata, portanto, de baní-las do menu. A recomendação é reduzir a ingestão para duas porções semanais, diz Sueli Couto, do Inca. Ela, no entanto, insiste: pior do que comer carne sempre, é não comer salada nunca.

Além de repletas de substâncias protetoras, as saladas tornam a refeição mais light. E, embora não haja consenso em torno do assunto, a gordura corporal vem sendo examinada com desconfiança. O peso extra, dizem cientistas como os que observaram isso em ratos, naUniversidade do Texas, nos Estados Unidos contribui para reações inflamatórias dentro do organismo. Até há pouco tempo, essas reações só eram associadas a doenças cardiovasculares. Hoje se sabe que elas podem aumentar em 30% as chances de um câncer aparecer, afirma Alfredo Halpern. Portanto, a melhor dieta anticâncer é aquela leve, bem leve.

Vai um suplemento aí?
Diga não se você adota uma dieta balanceada. A menos, claro, que um médico ou um nutricionista recomende, avaliando bem os seus hábitos à mesa. Sem esse olhar, você corre o risco de engolir, em cápsulas, altas doses de um nutriente em detrimento de outros. E isso, por sua vez, pode acabar com o balanceamento das substâncias protetoras no organismo. Ou seja, você fica sem escudo contra o câncer. 

Sinal verde
Ele se acende principalmente para alimentos cheios de fibras e substâncias antioxidantes

Câncer de mama
As fibras, abundantes na melancia, por exemplo, são poderosas contra esse tipo de tumor. Uma das explicações é que elas passam mais lentamente pelo aparelho digestório, o que aumenta a saciedade e, por tabela, diminui a vontade de cair de boca em açúcares e gorduras. O risco de quilos a mais, assim, despenca. O excesso de peso tem ligação estreita com o aparecimento da doença nas glândulas mamárias, sobretudo em mulheres que já passaram pela menopausa, afirma o endocrinologista Alfredo Halpern, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Entre outros motivos porque, quando há muita gordura, o corpo tem matéria-prima à vontade para fabricar hormônios que alimentam o tumor. Bem, se as frutas da dieta têm muitas fibras e ainda por cima são vermelhas como a melancia do nosso exemplo , tanto melhor. O consumo regular de licopeno, o pigmento vegetal dessa cor, anda cada vez mais associado à baixa incidência desse câncer.


Também são fortes os sinais de que os polifenóis estão ligados à proteção das mamas. Daí a recomendação dos cientistas de que as mulheres consumam toda semana suas fontes uvas vermelhas, amora, morango, cereja, vinho tinto... Quanto às isoflavonas, célebres componentes da soja, elas também atuam pra valer contra esse tumor. Na última década, diversos estudos, feitos sobretudo com populações orientais, confirmaram o elo entre o alto consumo do grão e a baixa incidência de câncer de mama e atenção de próstata também!

Câncer de próstata
A abóbora, lado a lado com a cenoura, é famosa pela concentração de betacaroteno. Afirmar que essa substância protege contra os tão (mal)falados radicais livres não é chover no molhado. Ela ajuda mesmo a restaurar o DNA de células danificadas por agentes químicos, físicos ou biológicos. Quando o dano no material genético de nossas células acontece, abre-se o caminho para a reprodução desenfreada de exemplares defeituosos eis o câncer. É possível que o betacaroteno aja positivamente contra muitos tipos de tumor, mas um trabalho recente da respeitadíssima Universidade de São Paulo avalizou suas benesses especificamente para a glândula masculina. Outros estudos apontam que o tomate, o feijão, a lentilha, a ervilha, as uvas vermelhas, as amoras e a soja também reforçam as defesas dos homens contra esse câncer mas, aí, tudo o que a ciência conhece é a relação entre o hábito de comê-los e o aparecimento mais raro dessa doença, sem entender direito qual seria a relação direta.

Câncer colorretal
Cientistas da Universidade de Nova Jersey, nos Estados Unidos, provaram que é possível reduzir um câncer colorretal já existente consumindo verduras crucíferas, como a couve-manteiga e sua prima couve-flor. Fazem ainda parte da família o repolho e os brócolis. Os pesquisadores viram essa redução com os próprios olhos ao menos em ratos. E atribuem o efeito a um componente desses vegetais chamado sulforafane. Outra pesquisa com 520 mil europeus apontou uma queda de 40% no risco dessa doença entre aqueles que não deixavam faltar no prato, uma vez ao dia, pelo menos uma dessas crucíferas, relata Benedito Mauro Rossi, oncologista do Hospital do Câncer, em São Paulo. O efeito do sulforafane, aliás, parece potencializado à medida que aumentam os teores de fibras no cardápio, quando comemos outras folhas, como rúcula ou espinafre, e desfrutamos, por exemplo, de uma laranja como sobremesa.

Bebida Alcoólica
Diversos estudos associam álcool ao câncer de boca, esôfago, fígado, reto e, muito possivelmente, ao de mama também. As evidências tornaram-se mais fortes dos anos 1990 para cá. O Instituto Nacional para a Pesquisa do Câncer, nos Estados Unidos, recomenda que os homens ingiram, no máximo, dois drinques por dia. Já as mulheres, apenas um. Os cientistas ainda estão pesquisando como o álcool causa a doença. No caso do aparelho digestivo, fica mais claro: a agressão é por meio do contato direto com as mucosas. De um jeito ou de outro, o excesso de bebida alcoólica danifica o DNA, aumentando as chances de surgirem células malignas.

Sal em excesso
Ele já carrega má fama porque faz o organismo reter mais água do que deveria, contribuindo, assim, para o aumento da pressão arterial. Só que, ainda por cima, irrita a mucosa do aparelho digestivo de tal maneira que provoca lesões capazes de evoluir para um câncer, avisa Sueli Couto. Segundo ela, só afastar o saleiro da mesa não basta. Lembre-se de que a maior concentração do sal está nos alimentos industrializados. Então, evite ao máximo molhos, condimentos, macarrões instantâneos e comida pronta em geral. Prefira, de longe, as preparações caseiras.

Fuja dos embutidos
Salsicha, salame, presunto e mortadela outras armadilhas armadas no prato são, de longe, os maiores vilões. Não bastasse serem produzidos com carnes vermelhas geralmente muito gordas, ainda levam na fórmula aditivos químicos chamados nitratos, que, no estômago, podem se transformar em nitritos. Estes, por sua vez, se convertem em nitrosaminas, verdadeiros agentes cancerígenos, perigosos sobretudo para o estômago e o esôfago. E atenção: até as carnes brancas perdem suas vantagens nutricionais quando transformadas em embutido. Como recebem os tais nitritos e são defumadas, também se tornam nocivas, alerta Benedito Mauro Rossi, oncologista do Hospital do Câncer, em São Paulo.


quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A DEFESA 
leite é essencial em qualquer idade, afirma, contundente, a nutricionista Mariana Del Bosco, de São Paulo. A bebida é uma ótima fonte de proteína a do seu soro reforça as defesas. E, comparado com o cálciode outros alimentos, como os brócolis, o do leite e de seus derivados é o mais bem absorvido pelo corpo humano. O leite só deve ser evitado em caso de alergias, que são mais comuns na primeira infância, opina Mariana. As reações alérgicas, aliás, tendem a regredir com o tempo. Isso também vale para a intolerância à lactose. Quem sofre do problema, 25% da população, não produz lactase, enzima que quebra esse açúcar. Assim, ele chega intacto ao intestino grosso onde é fermentado por bactérias, diz a nutricionista Adriane Elisabete Costa Antunes. Resultado: gases. O mal-estar, dizem, tem a ver com a herança genética: povos que não domesticavam o gado, como os africanos, têm maior dificuldade com essa enzima. Por fim, o ser humano não é o único mamífero que bebe leite depois de adulto. Um gato crescido, por exemplo, também toma diz. Aliás, o ser humano é o único que come carne cozida ou duas frutas a um só tempo. Usar a comparação com outras espécies para falar do leite seria condenar, com o mesmo argumento, o bife grelhado e uma vitamina batida com laranja. 

A ACUSAÇÃO 
Já foram estudadas mais de 25 frações protéicas alergênicas no leite de vaca, contra-ataca a nutricionista Denise Carneiro Madi, de São Paulo. A principal vilã dessa história seria a betalactoglobulina, uma proteína que não existe no leite humano. Quando o organismo não digere uma proteína completamente, passa a reconhecê-la como algo estranho, explica a especialista, uma das mais ferrenhas críticas do consumo do alimento. Aí, começa a produzir substâncias para combatê-la. É o início de um processo inflamatório que pode se desenvolver em várias locais do corpo, como estômago, esôfago e até mesmo no ouvido. Se o leiteé consumido com freqüência e em grande quantidade, essa inflamação se torna crônica. A histamina, substância liberada nessa situação, dificultaria o trabalho da serotonina, composto por trás da sensação de bem-estar. Com isso, a ansiedade iria às alturas e, para compensar esse quadro, o indivíduo passaria a comer carboidratos no início da noite. Nem mesmo os derivados da bebida escapam da sina. Muito menos os produtos que têm ingredientes lácteos na sua receita. Ou seja, não bastaria deixar de tomar leite. O certo seria abandonar a pizza de mussarela, o cheesebúrguer, o iogurte.


Na era da fartura dos alimentos magros, só pensar em saborear um copo de leite integral já é considerado por muitos como sacrilégio. Com sua proposta de corte de calorias, o desnatado passou a dominar as prateleiras dos supermercados. Mas, se antes o mantra da nutrição repetia um sonoro não para os lácteos integrais, a história agora mudou de lado: análises em amostras de leite de caixinha apontam que o desnatado não contém doses significativas de ácidos graxos insaturados, as populares gorduras do bem. Parece que esse tipo de leite é magrinho mesmo, inclusive em moléculas parceiras da saúde. 

Quem tirou a prova foi a farmacêutica Natália Andrade Zancan, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Campinas, no interior paulista. Em seu estudo, ela observou que só o integral é fonte rica do ácido linoleico conjugado, o popular CLA, um potente agente cardioprotetor e antiobesidade, que ajuda a dissolver os pneus localizados na região abdominal. Presente nas membranas das células, o CLA otimiza a termogênese, isto é, a queima de gordura para liberação de energia. "E, apesar de ser volátil, ele não sofre prejuízos no processo de esterilização", garante Natália. 

Outras gorduras relacionadas à saúde cardíaca e mental - como EPA e DHA, variantes do ômega-3 - também são encontradas aos montes no integral. No magro, por outro lado, há apenas traços das substâncias. Tem mais. "Um dos ácidos graxos abundantes no integral é o oleico, o mesmo achado em alto teor no azeite de oliva", afirma o zootecnista Marco Antônio Sundfeld da Gama, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa Gado de Leite. "Esse nutriente é um querido de nossas artérias por reduzir a formação de placas gordurosas no sangue", esclarece. 

"É preciso se atentar também à vitamina D, que depende da gordura para ser aproveitada pelo organismo e é responsável pela absorção do cálcio", ressalta Marcella Garcez, médica nutróloga da Associação Brasileira de Nutrologia. "Portanto, se o consumo de laticínios se restringe às versões desnatadas, o aproveitamento do mineral fica comprometido devido à carência de gordura", justifica. Para quem não se lembra, o cálcio forma o esqueleto e, segundo levantamentos recentes, ajuda a manter o peso saudável, já que pode dificultar a absorção de parte da gordura vinda do prato. 

Nem mesmo as proteínas de alto valor biológico, aquelas que têm todos os aminoácidos essenciais para atender às necessidades fisiológicas, permanecem 100% intactas no leite magro. "No desnatamento, é possível que uma parcela das proteínas vá embora, porque as gotas de gordura, removidas durante o processo, são envolvidas em uma membrana proteica", justifica Carlos Augusto de Oliveira, engenheiro de alimentos da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo (FZEA-USP) e doutor na área de tecnologia do leite e derivados. Ainda assim, esses valores variam a cada fabricante. Um erro, na opinião dele, é acrescentar água ao leite integral. "Você dilui tudo. Então consumirá menos proteínas, aminoácidos essenciais, lactose, cálcio e assim por diante", alerta Carlos Augusto de Oliveira. 

Agora, é preciso considerar que mais da metade da gordura da bebida integral - de 60 a 70%, para ser exato - é saturada, com potencial para congestionar veias e artérias, aumentando o risco de doenças cardíacas e de um acidente vascular cerebral, o temido AVC. Portanto, ninguém está autorizado a cometer excessos. O consumo desse ácido graxo precisa ser inferior a 7% do total de calorias diárias. 

Em uma dieta de 1 700 calorias, são apenas 119. Para não extrapolar essa margem de segurança, a sugestão é ingerir até dois copos (400 ml) de leite integral por dia. E nunca mais do que isso. 

Aliás, pessoas com colesterol alto, triglicérides descompensados, hipertensão, diabete ou distúrbios do coração devem, via de regra, optar pelo semi ou pelo desnatado. O integral, no entanto, é praticamente uma poção mágica para crianças de até 4 anos de idade. "A gordura da bebida é importante inclusive para o desenvolvimento cognitivo delas", reforça Mariana Del Bosco, nutricionista da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso). Graças ao cálcio e à vitamina D, ela evita ainda o raquitismo e turbina o fortalecimento ósseo na fase de crescimento. Em suma, na matemática da nutrição, vale muito mais cortar frituras, petiscos industrializados e carboidratos simples a abrir mão do saboroso leite integral. 

Tira-teima

O que você deve saber antes de comprar qualquer caixinha longa vida. O que os olhos não veem, a nutrição sente!
Nutrientes
Leite integral
Leite desnatado
Valor energético
120 kcal
70 kcal
Água
88%
90,8%
Carboidratos
9,6 g
10 g
Proteínas
6,5 g
6 g
Gorduras totais
6,4 g
0,7 g
Gorduras saturadas
4,2 g
0,5 g
Gorduras trans
0 g
0 g
Sódio
130 mg
133 mg
Cálcio
234 mg
240 mg
Valores médios referentes a 1 copo (200 ml), podendo variar a cada fabricante 

As particularidades de cada um

Quem é quem em relação ao conteúdo de matéria gorda 

Integral Contém um teor de gordura de no mínimo 3%, além de um pacote completo de ácidos graxos insaturados, que cuidam da saúde do coração e até previnem a obesidade. 

Semidesnatado Apresenta um nível de gordura de 0,6 a 2,9%, preserva parte dos nutrientes benéficos ao organismo e conta com menos calorias do que o leite, digamos, original. 

Desnatado Possui, no máximo, 0,5% de gordura e, por isso, poucas calorias. Porém, perde em substâncias como a vitamina D, que favorece a absorção de cálcio. 

Fonte: Legislação Vigente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) 

Leite, para alguns, nem pensar! Dois grupos de indivíduos necessitam tomar cuidado especial com a bebida em questão: os intolerantes à lactose e os alérgicos a proteínas do alimento. Tratados por especialistas, os primeiros muitas vezes conseguem saborear ao menos um pouco de leite normal ou ao menos consumir variedades com baixo teor desse açúcar. Simples. Já os com alergia geralmente devem riscar o produto da lista de compras. Esse distúrbio ocorreria quando certas proteínas do líquido branco superativam, por algum motivo, células de defesa do corpo, razão pela qual surgiriam as reações adversas. 

Versão em pó Prática, é uma versão desidratada do leite. O produto perde a maior parte da água de sua composição, preservando, no máximo, cerca de 5%. O restante não tem segredo: é formado por lactose, gorduras, proteínas, vitaminas e sais minerais. O tipo integral tem, no mínimo, 26% de gordura; o semidesnatado apresenta entre 1,5 e 25,9%; enquanto o desnatado possui menos de 1,5% de matéria gorda.


terça-feira, 24 de setembro de 2013

A constatação vem da Universidade de Lund, na Suécia. Seus pesquisadores descobriram que uma proteína chamada Lfcin4-14 desacelera o crescimento de células cancerosas no cólon. Eles expuseram células sadias dessa porção do intestino à radiação ultravioleta para provocar estragos nelas. Em seguida, as unidades foram tratadas com ou sem a proteína de nome complicado. No final das contas, os cientistas perceberam que o uso da Lfcin4-14 reduziu os prejuízos. "Ela é derivada da lactoferrina, presente no leite. Então, a bebida pode ter um efeito protetor contra o câncer por impedir a ocorrência de danos no DNA celular", explica Stina Oredsson, autora da investigação.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

1. NA PISCINA 

Pode parecer estranho, mas correr e andar dentro da água são boas maneiras de fortalecer a musculatura sem forçar as articulações. No caso, a ausência de impacto traz segurança para quem ainda não está acostumado a se exercitar regularmente. É, no mínimo, um ótimo jeito de começar, antes de dar passadas no seco. 

2. NA ESTEIRA 
O aparelho sempre deve vir antes da rua porque desenvolve a musculatura com um menor impacto sobre os ossos, avalia o fi sioterapeuta Helder Montenegro. E esse exercício, sobretudo se praticado sob supervisão de um especialista, fortalece o sistema cardiovascular sem expô-lo a grandes perigos. 

3. NA RUA 
Quando a musculatura e o coração estiverem condicionados, faça treinos outdoor. Eles são uma ótima pedida, principalmente para quem quer tirar proveito dos raios de sol em horários adequados, bem entendido e evitar a osteoporose. Mas, de vez em quando, um treinamento na esteira, só para relaxar, não faz mal a ninguém. Para evitar a monotonia, se ela estiver na sua casa, experimente instalá-la na frente de um DVD e alugue um bom fi lme, nem que seja para assistir em partes.