quarta-feira, 31 de julho de 2013

A candidíase é uma infecção provocada pelo fungo Cândida Albicans e é um grande mal entre as mulheres. "Pelo menos uma vez na vida 75% a 80% das mulheres terá a candidíase", afirma Poliani Prizmic, ginecologista e obstetra do hospital e maternidade São Luiz.

A candidíase não é considerada uma DST, já que, no nosso corpo existe o fungo adormecido. Nas mulheres dentro da flora vaginal e intestinal, e nos homens em forma de esporos no pênis. Porém, dentre as formas de proliferação, uma delas é o ato sexual, em que o homem ou a mulher, podem vir a contaminar o parceiro. Por isso, as mulheres com vida sexual ativa são mais propensas à doença, "mesmo que a relação seja praticada com camisinha, o pênis faz um microtrauma na parede da vagina, assim a mulher fica mais predisposta à doença", explica a ginecologista.


Mas, a doença conta com outras propensões. "A candidíase pode estar associada à baixa imunidade, uso de antibióticos, anticoncepcionais, corticoides, e até mesmo à alimentação", explica Poliniani. Além desses fatores, há o famoso biquíni molhado. "No verão a candidíase é mais comum, pois a temperatura está mais alta e utiliza-se mais biquíni/maiô do tipo Lycra", diz Eduardo Zlotnik, ginecologista e obstetra do hospital Albert Einstein.


No entanto, na maioria das vezes, explicam os ginecologistas, a crise desse fenômeno está, geralmente, ligada aos casos de baixa imunidade, além de uma dieta rica em farinha branca e açúcar, que acabam por modificar o pH da vagina, o deixando mais ácido e ideal para a proliferação da Cândida Albicans.


Sintomas e tratamentos 
A doença é uma das queixas mais frequentes dentro dos consultórios ginecológicos, e conta com sintomas que incomodam. Nas mulheres a candidíase aparece com coceira na vagina e no canal vaginal, corrimento, dores para urinar e também nas relações sexuais. Nos homens, os sintomas mudam um pouco, "aparecem manchinhas vermelhas, pode ocorrer inchaço, aparecer pontos vermelhos e coceira, assim como nas mulheres", afirma a ginecologista e obstetra do hospital e maternidade São Luiz Poliani Prizmic. Segundo a ginecologista, o melhor diagnóstico é o clínico, dentro do consultório.


Para o tratamento, é feito o uso de remédio antifúngico oral e creme vaginal, por mais ou menos uma semana. Além de, "evitar tecidos que aumentem a temperatura local como do tipo Lycra e roupas apertadas, e até mesmo dormir sem calcinha pode ajudar a melhor ventilação local", afirma o ginecologista e obstetra do hospital Albert Einstein Eduardo Zlotnik.


Para complementar, segundo Poliani a alimentação correta e nutritiva é muito importante para que a cura seja alcançada e se evite a reincidência da doença. Pois, sistema imunológico forte não abre espaço para a candidíase.


Alternativa 
Em entrevista à revista BOA FORMA o ginecologista José Bento, dos hospitais Albert Einstein e São Luiz, afirmou que antes de as pessoas começarem o tratamento por remédios, seria interessante investir primeiro em mudanças nos hábitos alimentares.


O ginecologista afirma que restringir os doces e carboidratos da dieta do dia a dia pode atuar diretamente na candidíase. "O açúcar altera o pH da vagina de modo a favorecer a proliferação dos fungos", afirma José Bento. Outra mudança alimentar proposta pelo médico é a introdução na cardápio de alimentos com ação antifúngica. São eles: o alho, o alecrim, a cebola e o orégano.


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